2006-12-12

Corrupções

Um novo parecer junto ao processo Apito Dourado defende que um certo fulano, não pode ser acusado de crimes de corrupção passiva porque o cargo que ocupava não é equiparável ao de funcionário público, requisito fundamental daquele ilícito.
Agora se percebe a fúria anti-corrupção de alguns palradores.
Não os atinge.
Todas as tramóias são possíveis porque, não sendo funcionários públicos, por definição não são corruptos.
Interessa pouco ao caso que as suas trampolinices afectem a vida pública com uma intensidade absolutamente fora do alcance da maioria dos funcionários.
Interessa pouco que vivam, todos eles, de um modo ou outro, à conta do orçamento.
Não tomaram posse e isso basta para continuarem livres como pássaros.
Seria risível se não fosse triste.
Mas, na verdade, sempre foi assim.
As leis penais sempre andaram um passo atrás dos criminosos.

Sem comentários: