2003-11-15

O fio de Ariadne

Não pode sair do labirinto quem não reconhece o caminho que o lá levou.
Há um labirinto em Bagdad onde, todos os dias, os aventureiros oferecem jovens em sacrifício.
Vai ser assim até que a sensata Aradne comece a desenrolar o seu fio.

2003-11-12

Ataíja de Cima

Como já terão percebido por um post anterior, Ataíja de Cima é a minha terra.
Se me der na veneta, ainda hei-de aqui escrever algumas coisas sobre o único lugar do Mundo onde não me importava de ser cego, porque conheço os caminhos e os carreiros, os cheiros, as paredes e as casas e as pessoas pelo tom de voz.
Mas isso ficará para outra altura.
Este post é só para a hipótese de ser lido por alguém que conheça a Ataíja de Cima, lá resida, lá tenha nascido ou lá tenha amigos. Se é o caso não se esqueça.
Dia 18 de Janeiro de 2004, vai ter lugar o 5º almoço anual do SALÃO CULTURAL ATAÍJENSE.
Até lá.

Quantos são?

O Governo está a braços com uma tarefa impossível: O recenseamento da função pública.
Como em todos os outros recenseamentos anteriores, vamos chegar ao fim (quando chegarmos, porque muitos serviços não foram capazes de cumprir o prazo inicial e, não tenho dúvidas, muitos deles hão-de acabar por fornecer dados muito martelados), mais uma vez, sem saber ao certo quantos funcionários temos.
Nada que devesse espantar quem conhece minimamente o problema.
Lembro-me de, há cerca de 15 anos, numa conferência organizada pelo STE, o representante da então República Federal Alemã começar a sua intervenção perguntando: quantos funcionários públicos há na RFA? E responder sorrindo: depende da maneira de os contarmos.
Seja, o recenseamento da função pública não é possível enquanto se não definirem regras claras e rígidas de contagem.
E não me venham com facilitismos. Quem acha que é fácil, experimente colocar à discussão, à mesa do café com os amigos, os seguintes problemas: como é que se conta o enfermeiro que pertence ao quadro de um hospital público mas presta, também, serviço no INEM? Como é que se conta o professor universitário que dá aulas em duas universidades públicas ou é, ao mesmo tempo, funcionário ou dirigente de um serviço público? Ou, melhor ainda, comecem a discussão por responder às seguintes questões: Porquê e para quê queremos um recenseamento da Função Pública?