O dia de hoje estava inicialmente programado para começar com uma visita aos estúdios da Warner Bros mas acabámos por, como toda a gente, decidir ver a Univeral City.
Aqui já não se fazem filmes. Trata-se de um enorme complexo onde se entra para uma zona aberta de cafés, restaurantes e lojas, à qual se segue a área reservada da Universal propriamente dita e de novo cafés, restaurantes, exibições de grupos musicais, lojas e atracções várias, todas temáticas e relativas a filmes da Universal. Fomos ver o Shrek, os efeitos especiais e os animais actores. Há um tour, num comboio turístico que percorre os cenários dos filmes. Fica-se a saber como é que se simula o despiste de um camião ou o descarrilamento de um comboio, que as portas eram mais pequenas que o normal, para o cowboy parecer mais alto e mais uma série de truques de cinema. A simulação da enxurrada na aldeia (mexicana?)
é espectacular.
Saímos cerca das dezasseis, depois de sete horas que não chegaram senão para uma parte do que há para ver.
Caetano Veloso que canta a desolação de Los Angeles e a considera uma das piores cidades onde já esteve, tem alguma razão. O antigo povoado espanhol de Nuestra Señora de Los Angeles de La Porciúncula cresceu e engoliu dezenas de cidades em redor e foi, ele próprio, engolido. Fica agora ali algures, entalado entre um cruzamentode auto-estradas e a estação de comboios, pontuado pelos arranha-céus onde se concentram os serviços governamentais e as grandes empresas. A relativa antiguidade do local é visível apenas em algumas ruas agora secundárias ladeadas de edifícios do princípio do Séc. XX, a maioria com ar razoavelmente decrépito. É também por aqui que fica o Walt Disney Concert Hall, mas eu não sou devoto do Ghery. Em frente, está o MoCa que hoje, entre as dezassete e as vinte horas, era de borla. Moderno de mais para o meu gosto.
Jantámos na Sunset Plaza, no Slader Saloon. Um sítio muito engraçado, com um touro mecânico e cheio de indígenas ruidosos. Comeu-se bem (excelente bife) e a preço razoável.
À noite descemos (é preciso subir primeiro) Mulholland Drive para apreciar o espectáculo da cidade iluminada. Vale muito a pena até porque à noite todas as cidades são bonitas vistas de longe (como dizia aquele turista brasileiro, face ao Mónaco iluminado: Pôxa! Parece a Rocinha!).
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