2008-03-17

Route 66 - Notas de Viagem X

15-6-2007 - 4.º dia na estrada (2ª parte)

Sant Fé, The City Different é, hoje em dia, um dos destinos turísticos mais frequentado dos Estados Unidos. Tem tudo para isso: Uma história - maior do que o país - que vem desde o Séc.XVI, o título da UNESCO de Creative City of Folk Art, Crafts & Design e a espectacular arquitectura de adobe que a distingue de todas as demais e é cuidadosamente preservada e glosada nas novas construções.
O centro de Santa Fé é a Plaza, dominada pelo Palácio dos Governadores, o edíficio público mais antigo da América, ao longo de quatro séculos sede de poder de três soberanias diferentes: espanhola, mexicana e americana. Hoje é um museu e sob o seu enorme alpendre abrigam-se, dos inclementes 38º C, dezenas de índios vendendo os seus artesanatos. Um pedaço da tarde não dá para mais do que chegar, observar o bulício de turistas, espreitar as lojas, passear um pouco, entrar na Catedral Basílica de São Francisco de Assis e comprar um folheto que nos fala da primeira índia declarada santa pela Igreja Católica e parar por uns instantes a observar a sua estátua.
Descemos para Albuquerque pelo percurso chamado The Turqoise Trail (NM14), uma National Scenic Byway, numa região de antigas minas de turquesas. A idéia era ter ainda algum tempo para dar uma vista de olhos por Albuquerque que, segundo as informações que levávamos, tem um núcleo urbano antigo que a merece. As Sandia Mountains começaram, no entanto, a impor-se à nossa vista, pelo que decidimos subir até ao Sandia Peak. Ninguém ficou arrependido que não é todos os dias que podemos chegar a mais de três mil metros e disfrutar uma vista soberba, até ao horizonte, sobre a planície do Novo México.

Ficou Albuquerque por ver que, dali até Grants, eram mais cento e muitos quilómetros. Não me lembro onde nem o que jantámos. Mas lembro-me deste céu extraordinário ao pôr do sol:


Grants, já o sabia, não tinha, para nós, nada de especial a ver. É, apenas, uma típica cidade americana destas bandas: 30 motéis, bombas de gasolina, restaurantes, campo de golfe, 9.000 habitantes e (diz o respectivo site) vinte e oito igrejas de muitas confissões. De qualquer modo, eram horas de dormir. E foi para dormir que Grants entrou no nosso plano de viagem.

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