2007-05-30

GREVE

No telejornal Carvalho da Silva gagueja explicações sobre a grande greve que, agora, já não é geral mas nacional.
A minha solidariedade ao Carvalho da Silva; ficou claro pelo modo como gaguejou que sempre é verdade que a greve foi para a frente por imposição do comité central e contra a sua própria opinião.
A arrrogãncia com que antes a CGTP atirava números de adesão foi desta vez substituída pela enumeração de exemplos, nunca concretizados, de empresas totalmente paralizados e pelo número de escolas que não deram aulas. Neste último ponto terá Carvalho da Silva razão. Mas talvez interessasse saber quantas dessas escolas pararam apenas porque um ou dois auxiliares fizeram greve.
Meu caro Carvalho da Silva: Tal como você também eu fiz greve uma vez na vida (talvez ainda um dia aqui escreva algumas linhas sobre isso). Tal como você também já me vi forçado a fazer fretes mas, (vantagem de não ser dirigente da CGTP), nunca me vi na televisão a fazer a triste figura que V.Ex.a hoje fez.
Você parece-me uma pessoa inteligente.
É por isso que me custa vê-lo encabeçando a gloriosa marcha da CGTP, de vitória em vitória, até à derrota final.
Derrota que, a acontecer, será infelizmente, também, dos trabalhadores e do sindicalismo. É o que talvez a CGTP acabe por conseguir. Mas não tem o direito de o conseguir.
Façam-nos todos um favor, o Carvalho da Silva e os demais dirigentes da CGTP (e muitos da UGT) que já não se lembram de quando foi a última vez que trabalharam ao lado daqueles que dizem representar: Reformem-se, deêm lugar aos novos.
Devia ser proibido chamar dinossauro a qualquer autarca enquanto V.Ex.as não abandonarem as cadeiras do sindicalismo.